bom dia, comunidade!

Coisas que só o graffiti me proporcionou: passar mensagens positivas, ter alguns bons amigos, viagens legais para eventos em outros estados e servir de exemplo para crianças de comunidades carentes. Pintar dentro das comunidades é a coisa mais linda. Mais lindo que pintar na orla de qualquer praia. Mais lindo que pintar nas principais avenidas das cidades (aquelas que são disputadas e que quase sempre rola uma falta de respeito terrível, de alguém vir e apagar um trampo seu, por mais recente que seja).


Moro num bairro de periferia e só eu sei o quanto é escassa a cultura dentro das comunidades, em algumas até têm projetos voltados para isso, principalmente para a cultura hip-hop. Mas aqui em João Pessoa nem há tantas instituições fazendo isso. E o que não falta por aqui são crianças e adolescentes carentes disso. Chegar lá, conversar com os moradores, pedir permissão para pintar a faixada de suas casas e de repente ficar cercada de crianças dizendo "que coisa linda, tia", "quero na minha casa também" ou ainda "me ensina a fazer isso aí, tia" é gratificante demais!

há pê

Há pê de Priscila, há pê de paixão, há pê de pai e há pê de irmão. De irmão? É, de irmão! A.P. pra ser mais correta! Os irmãos casam-se, vão para seus apartamentos e chamam as muleconas das irmãs graffiteiras pra pintar uma parede lá! Imagina a responsabilidade, rapaz... O medo de ele não gostar.. Ou o que consegue ser pior ainda, da mulher dele não gostar! Mas no final tudo deu certo. ♥


cara metade


Faz um tempinho já, mas como faz um século e meio que não coloco nada nesse blog, estou atualizando com tudo o que eu e meus amigos graffiteiros fizemos de legal por aí. Certa vez nos reunimos no NAC (Núcleo de Arte Contemporânea) para uma tarde de desenhos, dicas e risadas.

Quando de repente surge o desafio de pintura corporal com pancake (aquela tinta pra pele mesmo, que o pessoal do teatro usa bastante em espetáculos). Museu se dispôs a pintar e eu, juntamente com minha amiga Ana, nos dispusemos a servir de 'cobaia'. Até por que Museu nunca tinha feito pintura corporal na vida.


Pancake, água, um pincel pra ajudar, nervosismo, cosquinha (sim, o pincel dá cócegas!) e uns minutinhos e já estava pronta a nossa 'cara metade de braços dados'. Achei lindo e fiquei com peninha de lavar o braço quando cheguei em casa. Na verdade eu demorei um bocado pra ir tomar banho, só por isso! kkkk ♥

Má-druga

Não sei por que, mas acho que é por que não consigo me concentrar para desenhar quando estou perto de muitas pessoas, ou em algum lugar com muito barulho. Faço isso principalmente quando estou sozinha em casa, ou de madrugada. Essa foi feita em um dia de insônia (sim, minha insônia é produtiva. pelo menos isso" kkk). Black book, caneta vermelha e uma caneca de chá. ♥